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Mostrando postagens de agosto, 2018

ABRAHAM LINCOLN

        "A história de Abraham Lincoln" ABRAHAM LINCOLN se levantou do caos. Estava decidido, queria mais uma chance. Parecia incansável. Sua persistência deixava os resistentes confusos, e com seus sonhos ele contagiava seus parceIros. Seu desejo de se candidatar foi materializado. Visitou pessoas, deu palestras, fez reuniões de trabalho, falou ao coração psíquico das pessoas. O pleito era dificílimo. As dificuldades, dantescas. Ele limpava o suor do rosto e continuava correndo atrás do seu projeto de vida. Parecia que delirava em terra seca. Ninguém via os raios de sol, mas ele vislumbrava a fulgurante aurora por detrás das montanhas. Terminada a eleição, começou a apuração. ABRAHAM LINCOLN estava muito ansioso. Quando não se consegue administrar a ansiedade que asfixia a emoção, ela é canalizada para o córtex cerebral, gerando sintomas psicossomáticos. Seu coração estava acelerado; seus pulmões, ofegantes. A pressão sangüínea aumentou. Suava muito. Seu cérebro o prepa

A Hipótese Sapir-Whorf

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Embora a delimitação moderna do relativismo linguístico parta das contribuições de Humboldt, sua consolidação somente foi possível devido a uma linhagem de etnólogos e de linguistas norte-americanos cujo interesse pelos povos nativos do continente os levou a perceber o flagrante processo de extinção pelos quais suas línguas passavam. Como tentativa de preservar as que ainda eram faladas à época, esses cientistas dedicaram-se à tarefa de catalogá-las e perceberam que a tradição gramatical das línguas indo-europeias parecia pouco eficaz nesse processo. Puseram, então, à prova um pensamento muito antigo, que esteve na constituição de muitas descrições gramaticais gregas, latinas e de outras línguas europeias: as categorias gramaticais seriam, realmente, universais? Boas, Sapir e Whorf criam que não eram, já que mais de uma das línguas nativas do território americano não apresentavam alguma das categorias presentes nas gramáticas europeias; em alguns casos, atestava-se o contrário:
A história dos estudos linguísticos, no interior da qual a Linguística, a ciência da linguagem, pode ser considerada o desenvolvimento mais recente, é marcada, à semelhança da história de todas as áreas científicas, pelo embate entre posturas racionalistas e empiristas. As posições teóricas de Humboldt tem sido, curiosamente, utilizadas como argumentos para ambas as posições, embora a remissão mais famosa ao prussiano seja a de Noam Chomsky, linguista norte-americano de grande destaque na segunda metade do século XX, em seu livro Linguística Cartesiana(CHOMSKY, 1966: 33): "Ao criar a noção de 'forma da linguagem' como princípio gerativo, fixo e invariável, que determina o alcance e fornece os meios para o conjunto ilimitado de atos 'criadores' individuais, que constituem o uso normal da linguagem, Humboldt faz uma contribuição original e significativa à teoria linguística". O destaque dado ao recurso teórico de Humboldt não é um mero reconhecimento de s

Defensores do Relativismo

A alcunha de relativismo linguístico (ou, ainda, de relatividade linguística, implicando, nesse caso, variações importantes na forma como o termo é compreendido e empregado) tem sido utilizada na literatura para designar um conjunto de teorias filosóficas e científicas sobre a natureza do conhecimento humano que associam, de modo mais ou menos determinístico, o contato dos indivíduos com a realidade à língua que falam, à cultura em que estão inseridos e à própria estrutura cognitiva da espécie. Defensores do relativismo linguístico assumem que, grosso modo, a língua natural e a cultura de uma comunidade específica funcionam como uma espécie de calibrador para aqueles que delas partilhem, de modo que pertencer a grupos de falantes cujas línguas e cujas características culturais sejam distintas significa, necessariamente, apresentar categorização distinta da realidade. Versões mais radicais do relativismo linguístico, como a que é conhecida como Hipótese Sapir-Whorf, sequer consid

Vertentes de relativismo.

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Há, também, outras teorias relativísticas que tomam outros objetos além da percepção humana da realidade, mas que, de igual modo, levam às ultimas consequências a tarefa de descrever algum fenômeno de maneira parcial ou totalmente dependente do efeito de outro; confiram-se, à guisa de exemplos, (1) na filosofia e na história da ciência a noção de “paradigma” em Tomas Kuhn, segundo quem, simplificadamente, o próprio fazer científico tem caráter relativo, voluntativo e remisisivo; (2), na filosofia, em especial nos trabalhos de Quine e de Davidson, discussões sobre relativismo conceitual e perceptual, as quais põem em voga o papel da interpretação e do subjetivo na categorização da realidade; e (3) na filosofia, debates sobre em que consiste a verdade, suscitando argumentos favoráveis e contrários à ideia de que o verdadeiro não o é por si mesmo e se fundamenta somente na percepção de pelo menos um indivíduo. Embora possam ser encontrados pontos comuns suficientes para que as